Logo de dia, esperto espia, em cima do muro e tal,
A força da foice, o frio da chama, areia, espuma e cal.
E olhos do cego enxergam ao longe o rubro manto de dor
E, de novo, à noite, o tempo espera; a luta não cessa, o fogo não cansa,
As unhas se cravam, o espelho se quebra e a garganta explode assim.
E por mais que eles tentem acabar com alegria, da noite pro dia, vão ver:
As unhas da águia manchadas de sangue, dos ratos do meu jardim.
As unhas da águia manchadas de sangue, dos ratos do meu jardim.
No lento compasso, a dobra do aço, a mancha de lama e suor
O prêmio aguarda, as duas mãos pardas, a trama, o silêncio e só.
E brota das rochas, valente e bruta, a rosa de ouro e esplendor.
E, de novo, a noite, o tempo despacha; a luta já finda, o fogo se cansa,
As unhas se largam, o espelho se ergue e a garganta explode assim.
E por mais que eles tentem acabar com alegria, da noite pro dia, vão ver:
As unhas da águia manchadas de sangue, dos ratos do meu jardim.
As unhas da águia manchadas de sangue, dos ratos do meu jardim.
Cara, muito bom, mesmo.
ResponderExcluirParabéns, de verdade.
Abraço
e viva o simbolismo.
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